sábado, setembro 10, 2011
Eu quase consegui abraçar alguém semana passada. Por um milésimo de segundo eu fechei os olhos e senti meu peito esvaziado de você. Foi realmente quase. Acho que estou andando pra frente. Ontem ri tanto no jantar, tanto que quase fui feliz de novo. Ouvi uma história muito engraçada sobre uma diretora de criação maluca que fez os funcionários irem trabalhar de pijama. Mas aí lembrei, no meio da minha gargalhada, como eu queria contar essa história para você. E fiquei triste de novo. Hoje uma pessoa disse que está apaixonada por mim. Quem diria? Alguém gosta de mim. E o mais louco de tudo nem é isso. O mais louco de tudo é que eu também sinto que se quiser, tambem posso começar a gostar dele. Quase consigo me animar com essa história, mas me animar ou gostar de alguém me lembra você. E fico triste novamente. Eu achei que quando passasse o tempo, eu achei que quando eu finalmente te visse tão livre, tão forte e tão indiferente, eu achei que quando eu sentisse o fim, eu achei que passaria. Não passa nunca, mas quase passa todos os dias. Chorar deixou de ser uma necessidade e virou apenas uma iminência. Sofrer deixou de ser algo maior do que eu e passou a ser um pontinho ali, no mesmo lugar, incomodando a cada segundo, me lembrando o tempo todo que aquele pontinho é um resto, um quase não pontinho. Você, que já foi tudo e mais um pouco, é agora um quase. Um quase que não me deixa ser inteira em nada, plena em nada, tranqüila em nada, feliz em nada. Todos os dias eu quase te ligo, eu quase consigo ser leve e te dizer: “Ei, não quer conhecer meu novo corte de cabelo?” Eu quase consigo te tratar como nada. Mas aí quase desisto de tudo, quase ignoro tudo, quase consigo, sem nenhuma ansiedade, terminar o dia tendo a certeza de que é só mais um dia com um restinho de quase e que um restinho de quase, uma hora, se Deus quiser, vira nada. Mas não vira nada nunca. Eu quase consegui te amar exatamente como você era, quase. E é justamente por eu nunca ter sido inteira pra você que meu fim de amor também não consegue ser inteiro. Tati Bernardi
quinta-feira, setembro 08, 2011
“Eu não quis ir embora e esperar o dia seguinte. porque cansei dessa gente que manda ter mais calma. E me diz que sempre tem outro dia. E me diz que eu não posso esperar nada de ninguém. E me diz que eu preciso de uma camisa de força. Se você puder sofrer comigo a loucura que é estar vivo. se você puder passar a noite em claro comigo de tanta vontade de viver esse dia sem esperar o outro, se você puder esquecer a camisa de força e me enrroscar no seu corpo para que duas forças loucas tragam algum aquilibrio. Se você puder ser alguém de quem se espera algo, afinal, é uma grande mentira viver sozinho, permita-se. Eu só queria alguém pra vencer comigo esses dias terrivelmente chatos.” Tati Bernardi
quarta-feira, setembro 07, 2011
Isabela Pimentel.
O importante não é quantas vezes brigamos, não é quantas vezes nos separamos, não é quantas vezes desacreditamos na nossa amizade. O importante é que depois de todas as brigas, separações e descrenças, estamos aqui, juntas. O importante não é se temos outras melhores amigas. Não é se fomos injusta uma com a outra alguma vez. O importante é sabermos o valor de cada uma, e sermos única uma pra outra. O importante é que se erramos pedimos desculpas e lembramos que temos uma a outra. O importante, não é que o pra sempre sempre acaba. Não é se ficamos distante algumas vezes. Não é o modo de pensar super diferente. O que importa, é que seja verdadeiro enquanto tivermos a certeza da amizade aqui dentro. O que importa, é que construimos uma amizade que vai além da distância e do entendimento comum. O que importa é que as diferenças servem de laços para nos unir mais ainda. E o que mais importa não é tudo que eu falei, e sim, as palavras que eu não encontro e o que de tão forte, eu não posso nem expressar: o meu amor por você.